Engulo a noite com ânsias de quem tem pressa. Cada zumbido é testemunha da minha fome despudorada. As mãos abertas tentam pegar o que não podem carregar. Tento aumentar o passo, dar pulos para chegar logo. Faço queda de braço com o vento e deixo os cabelos embaraçados.
Quero ir adiante, entrar no meio da partida. Quero ser a juíza e apitar logo fim do jogo.
Não prego os olhos. Não sei meu nome. Não consigo mais sonhar.
Sigo a linha. Pulo a cerca. Jogo uma pedra na janela.
Um bilhete. Um nome. Um sinal.
Se hoje fosse lua cheia, ela virava um ponto final.
Um comentário:
Que venha, a seu tempo, a Lua cheia! E apos o ponto, que venha a virgula.
Beijo em sua alma!
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