Escrevo para matar a vontade de não escrever. Cada vez que o lápis aponta o papel, fujo um pouco de mim para passear pela página em branco. Subo pelas paredes para lembrar que piso o chão. A maior loucura é tentar ser lúcida o tempo todo.
Sorrir para tudo e rir de tudo não é coisa de gente feliz. Um pouco de desespero é o tempero certo para a calmaria que segue a tempestade.
Só dá branco quando a gente precisa clarear as ideias. Aí é melhor afundar a cabeça no buraco negro e sumir.
Tem uma nuvem em cima de mim. É um balão aqui em cima da cabeça pra divulgar a minha tela mental. Um filme desses que ninguém entende, mas finge que entende para não se sentir menor. Depois da sessão, comentários que não fazem sentido. Melhor assistir Hollywood e entender o enredo. Meu filme é complicado demais. Pode mudar de sala, o ingresso vale pra mais de uma sessão.
Combinar a lingerie é um desejo íntimo. Saber como a noite começa é normal. Não saber como termina também.
Dançar é uma forma de voar. Dormir é uma forma de esquecer. Comer é uma forma de sentir prazer.
Pintar e boca é arte. Borrar o batom é arte moderna.
Arte mesmo é viver.
Quero ser o museu de mim mesma. Um epitáfio que diz o que penso. Não estanque. Não post mortem. Um epitáfio de vida, entende?
Acho que eu preciso de um manual.
Um comentário:
[http://www.youtube.com/watch?v=LosV8xiTqUA]
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