O sol beija a água para revelar o seu azul. Mas o beijo dura apenas o tempo da luz. As camadas mais submersas não se revelam aos olhos, mas podem ser penetradas a nado, com braçadas desbravadoras de quem deseja explorar a imensidão de tanta água.
O gosto do mar é o gosto da lágrima. Um oceano de choros de alegria e tristeza. Um mundo que chora. De amor e de dor. Um mundo que tem superfície, mas não oferece a chance de pisar. Para descobrir o mar, é preciso afundar. Para descobrir de que cor é o azul do mar, é preciso se encontrar.
No oceano infinito, não dá para se preocupar com a falta de ar. É importante respirar fundo, mas só para garantir a força do mergulho. Há que se ter estômago. Fôlego, só para aumentar a contemplação.
Um comentário:
Lindérrima. Gostei.
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