terça-feira, 31 de agosto de 2010

Poesia ao contrário


O mar que não mais beija o céu.

A borboleta que não mais pousa na flor.

A noite que não mais termina em um dia de sol.

O sono que não mais tem um guardião.

O beijo que não mais tocará os lábios.



A vírgula que não veio após o ponto.

A lua que não veio, cheia, a seu tempo.

O mundo interior que já não é mais tão lindo assim.

A alma que não mais passeia entre os corpos.


Nem todo dia se sente que o mundo deve fazer sentido. E quem disse que há sentido pra tudo?

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