quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Castanha de caju não é caju


O novo é sempre um momento de recriação. O outro traz sempre um universo desconhecido embrulhado em fita de cor. Tem gente que abre aos pouquinhos, pra degustar cada um dos passos que se dá com a caixa nas mãos. Tem gente que rasga o embrulho pra ver logo que cara tem aquilo tudo. Tem gente que acha a caixa sem graça demais e passa logo para o próximo pacote. Tem gente que brinca pra sempre com o presente e não se cansa de reinventar a brincadeira. Recreação.

A novidade não é um mar em cio em que não se consegue navegar. A novidade é a paz do barco aportado pra onde o mundo olha com inveja por não poder ancorar. Novidade é não viver entre altos é baixos. É trafegar entre altos e mais altos ainda com a certeza de que um novo despertar nunca será mais passado do que o ontem.

Tentar e testar são verbos que merecem ser conjugados em todos os modos. Imperativos, subjuntivos e indicativos. Eu prefiro o modo afirmativo pra acabar logo com a dúvida. Entre o sim e o não, fico com o pingo no i. A careta do limão é a certeza do azedume da fruta. O feijão no dente é a certeza de que o arroz fica melhor acompanhado.

Só dá pra gostar das coisas que são experimentadas. E de quantas coisas deixamos de gostar porque sequer tentamos saber que gosto têm?

Um comentário:

Anônimo disse...

gostei muito do castanha de Caju!

de qualquer forma o afirmativo, na recriação, será sempre transitório...

beiju

Emi