domingo, 1 de agosto de 2010

Nada melhor do que não fazer nada...


É incrível como a semana atribulada nos faz desejar dias de paz no fim de semana e, quando chega o sonhado descanso, uma dose de culpa pelo não fazer nada toma conta de nós. Ficar de barriga pra cima sem nenhuma obrigação é o primeiro passo para o cérebro começar a ferver com ideias para ocupar o tempo livre. Mas não era justamente de tempo livre que estávamos precisando?

A vida corrida dos dias de hoje não nos permite o nada fazer. Mesmo quando não temos nenhum compromisso ou obrigação, vamos revirando nossos arquivos mentais para descobrir alguma pendência, algum assunto importante esquecido. E é impressionante a nossa capacidade de encontrar um milhão de possibilidades que vão ocupar o tempo já não tão livre assim. E no fim das contas, o fim de semana passa voando e a sensação de que as horas foram parcas para o cansaço e para o sonhado descanso nos fazem sonhar com o próximo fim de semana.

E quando chegam os dois dias de prêmio, novamente nos esquivamos do ócio e colocamos a nostalgia da correria e a saudade da rotina para matutar novas formas de não curtir a liberdade de horários.

Não sei se o ser humano nasceu para ser uma maquininha de trabalhar. Não sei se a sociedade atual transformou a gente num robozinho que não desliga nunca. Só sei que não olhar para os relógios e desligar o celular é uma combinação que vai muito bem com uma rede. Abrir um livro gostoso, tomar um chá e simplesmente não pensar em tudo o que ficou na vida lá fora pode ser uma ótima forma de retomar as obrigações diárias com as baterias renovadas.

Se você nunca tentou, não esqueça de afrouxar um parafuso, de garantir um bom estoque de comida e de deixar uma leitura agradável ao alcance das mãos. Qualquer dificuldade para relaxar deve ser vista como um passo natural no processo. Conte carneirinhos ou preste atenção na sua respiração. Um chocolate ou uma boa companhia podem ajudar. Só lembre de ligar o despertador do celular para não achar que a segunda-feira faz parte do pacote.

E boa viagem!


Um comentário:

nina disse...

Adorei o texto.
Como sempre.

Beijos de croissant.
(E responde meu email)